Indo para o Fim do Mundo - Parte I
Sunday, February 15, 2009
O Sul da Patagonia foi relativamente facil. Depois de passar alguns dias na casa do Roberto em Comodoro Rivadavia, segui para Caleta Olivia junto com o Vincent. Quando chegamos, nos despedimos e Vincent seguiu em direçao a cordilheira e ao Chile.
Passei mais de 45 dias com o Vincent e acho que ganhei um amigo para toda a vida. Percorremos mais de 200km juntos pelas pampas argentinas. Foi uma aventura inesquecivel.
Depois de Caleta, segui para o Sul sozinho. Para minha felicidade o vento me ajudou e fiz 3 dias com mais de 100km.
Cheguei a Rio Gallegos e realmente precisava de um banho e uma cama. Fui para um hotelzinho e dividi um quarto com um colombiano chamado Pablo que estava indo de moto para Ushuaia.
No dia seguinte segui com frio na barriga para a fronteira com o Chile e a Terra do Fogo.
Para se chegar a Ushuaia é necessário passar por um pedaço do Chile.
Ao sair de Rio Gallegos percebi que a coisa nao seria assim tao facil. Sofri muito com o forte vento contra no primeiro dia. As vezes nao se pode fazer nada alem de ter muita paciencia.
Logo vi a aduana. Toda vez que se cruza a fronteira tem que sair de um pais e entrar no outro, ou seja, é preciso passar por duas aduanas, uma em cada lado da fronteira. E sempre tem muita fila. É um saco!
Meu passaporte esta ficando cheio de carimbos, pois ainda vou ter que passar pelo Chile, depois Argentina de novo e depois Chile finalmente. Basta dar uma olhadinha no mapa desta regiao pra entender o porque.
Depois que entrei no Chile tive que ficar muito tempo na aduana pois o vento estava terrivel. Rajadas de 120km/h.
Eu tinha que seguir e depois de 2h na aduana preparei a capa de chuva, pois chovia e fazia sol a cada 10 minutos. Ao sair vi um restaurante abandonado a uns 300m. Resolvi acampar ali pois havia protecao contra o vento.
Armei a barraca, fiz uma bela macarronada e medeitei. Logo depois, por volta das 11 da noite, parou um carro. O restaurante nao estava abandonado, estava em reforma e havia sido comprado por dois irmaos. Me convidaram a entrar e comer churrasco com eles. Uma bela recepçao na entrada ao Chile.
No dia seguinte sai cedo com um frio de 2 graus, rumo a Terra do Fogo chilena.
Fiz a travessia do Estreito de Magalhaes de balsa.
Finalmente estava na Terra do Fogo. É emocionante chegar depois de tanto tempo na estrada.
Cruzei a parte chilena com 60km de asfalto e uns 120km de Terra. Demorei 4 dias pra cruzar a Terra do Fogo chilena. Acampei 3 vezes no meio do nada com ventos fortissimos.
Com certeza absoluta, este trecho da viagem foi o mais dificil até agora. Em alguns momentos tive que empurrar a bicicleta por 15km pois o vento lateral de 100km/h nao me permitia ficar na bike. As vezes nem empurrar a bike era possivel.
Isso foi mais duro que as chuvas em Santa Catarina, Os ventos no RS, o calor de 42 graus no norte da patagonia e pior que o isolamento. Depois disso acho que sobrevivo a qualquer coisa!
Quando cheguei a aduana novamente, para entrar de novo na Argentina, os ventos pioraram. Rajadas de 120 e 140km/h... Ninguem pode seguir e até os caminhoes sofrem, pois tem que andar a 10km/h.
O trecho entre a aduana chilena e a argentina, de uns 10km eu nao precisei pedalar, mesmo nas subidas eu tinha que usar o freio.
Nao consegui sair da aduana argentina e acabei dividindo um quarto com o americano Andy, que tambem nao conseguiu seguir, numa hosteria ao lado da aduana. Gastei meus ultimos 70 pesos pra fazer isso e fiquei sem nada!
Hoje saí cedo para Rio Grande, com pouco vento e foi tranquilo. Estou a 220km de Ushuaia, que considero o ponto principal de toda a viagem.
Ushuaia é pra mim e cereja do bolo. O cume da montanha. Vai ser incrivel chegar la de bicicleta, ja que muito fazem de moto e já é uma historia fantastica.
Passei mais de 45 dias com o Vincent e acho que ganhei um amigo para toda a vida. Percorremos mais de 200km juntos pelas pampas argentinas. Foi uma aventura inesquecivel.
Depois de Caleta, segui para o Sul sozinho. Para minha felicidade o vento me ajudou e fiz 3 dias com mais de 100km.
Cheguei a Rio Gallegos e realmente precisava de um banho e uma cama. Fui para um hotelzinho e dividi um quarto com um colombiano chamado Pablo que estava indo de moto para Ushuaia.
No dia seguinte segui com frio na barriga para a fronteira com o Chile e a Terra do Fogo.
Para se chegar a Ushuaia é necessário passar por um pedaço do Chile.
Ao sair de Rio Gallegos percebi que a coisa nao seria assim tao facil. Sofri muito com o forte vento contra no primeiro dia. As vezes nao se pode fazer nada alem de ter muita paciencia.
Logo vi a aduana. Toda vez que se cruza a fronteira tem que sair de um pais e entrar no outro, ou seja, é preciso passar por duas aduanas, uma em cada lado da fronteira. E sempre tem muita fila. É um saco!
Meu passaporte esta ficando cheio de carimbos, pois ainda vou ter que passar pelo Chile, depois Argentina de novo e depois Chile finalmente. Basta dar uma olhadinha no mapa desta regiao pra entender o porque.
Depois que entrei no Chile tive que ficar muito tempo na aduana pois o vento estava terrivel. Rajadas de 120km/h.
Eu tinha que seguir e depois de 2h na aduana preparei a capa de chuva, pois chovia e fazia sol a cada 10 minutos. Ao sair vi um restaurante abandonado a uns 300m. Resolvi acampar ali pois havia protecao contra o vento.
Armei a barraca, fiz uma bela macarronada e medeitei. Logo depois, por volta das 11 da noite, parou um carro. O restaurante nao estava abandonado, estava em reforma e havia sido comprado por dois irmaos. Me convidaram a entrar e comer churrasco com eles. Uma bela recepçao na entrada ao Chile.
No dia seguinte sai cedo com um frio de 2 graus, rumo a Terra do Fogo chilena.
Fiz a travessia do Estreito de Magalhaes de balsa.
Finalmente estava na Terra do Fogo. É emocionante chegar depois de tanto tempo na estrada.
Cruzei a parte chilena com 60km de asfalto e uns 120km de Terra. Demorei 4 dias pra cruzar a Terra do Fogo chilena. Acampei 3 vezes no meio do nada com ventos fortissimos.
Com certeza absoluta, este trecho da viagem foi o mais dificil até agora. Em alguns momentos tive que empurrar a bicicleta por 15km pois o vento lateral de 100km/h nao me permitia ficar na bike. As vezes nem empurrar a bike era possivel.
Isso foi mais duro que as chuvas em Santa Catarina, Os ventos no RS, o calor de 42 graus no norte da patagonia e pior que o isolamento. Depois disso acho que sobrevivo a qualquer coisa!
Quando cheguei a aduana novamente, para entrar de novo na Argentina, os ventos pioraram. Rajadas de 120 e 140km/h... Ninguem pode seguir e até os caminhoes sofrem, pois tem que andar a 10km/h.
O trecho entre a aduana chilena e a argentina, de uns 10km eu nao precisei pedalar, mesmo nas subidas eu tinha que usar o freio.
Nao consegui sair da aduana argentina e acabei dividindo um quarto com o americano Andy, que tambem nao conseguiu seguir, numa hosteria ao lado da aduana. Gastei meus ultimos 70 pesos pra fazer isso e fiquei sem nada!
Hoje saí cedo para Rio Grande, com pouco vento e foi tranquilo. Estou a 220km de Ushuaia, que considero o ponto principal de toda a viagem.
Ushuaia é pra mim e cereja do bolo. O cume da montanha. Vai ser incrivel chegar la de bicicleta, ja que muito fazem de moto e já é uma historia fantastica.